Pratique Atividade Física!



sábado, 24 de abril de 2010

O derrame das mulheres jovens



Elas tiveram um AVC antes dos 30 anos, e sobreviveram. O que é preciso saber para se proteger da doença que mais mata no Brasil


VOLTA POR CIMA Gislaine (de blusa preta) teve um AVC aos 29 anos. Célia, aos 23. Amanda, aos 27. Fernanda, aos 31. Jovens e ativas, elas foram imobilizadas por um derrame. E voltaram
A engenheira Fernanda Tescarollo, de 33 anos, a moça de vestido preto na foto ao lado, é um exemplo da atual geração de mulheres superpoderosas. Perfeccionista, independente, duas vezes divorciada, progrediu rápido na profissão graças à combinação de trabalho duro e ambição. Ainda hoje, tem várias ambições. Quer voltar a lavar o rosto com as duas mãos. Quer ser capaz de imitar o Cristo Redentor, com os braços bem abertos, para corresponder a um abraço. Paulistana, mas apaixonada pelo Rio de Janeiro, quer se equilibrar sobre o salto alto e voltar a sambar na quadra da Mangueira. Exatamente como fazia até 2008, quando um acidente vascular cerebral (AVC) a obrigou a parar tudo e a rever tudo. “Se você não aprende a parar, a vida te para”, diz.
Fernanda tomava pílula anticoncepcional desde os 16 anos. Além disso, tinha crises frequentes de enxaqueca. Três vezes mais comum em mulheres, a enxaqueca aumenta o risco de derrame. Assim como a pílula. Na véspera do AVC, estava com dor de cabeça. Fernanda é funcionária de uma multinacional que fabrica lanternas e faróis para a indústria automobilística nacional e vivia um período de forte pressão. Tomou um analgésico e foi dormir. De manhã, continuava com dor. Enquanto se trocava para ir trabalhar, despencou no quarto. Sofreu um AVC extenso na região do lobo temporal direito. Os médicos precisaram submetê-la a uma cirurgia delicada. Uma parte da calota craniana foi retirada para que o cérebro tivesse espaço para inchar. Se isso não fosse feito, o edema cerebral aumentaria a pressão intracraniana e Fernanda morreria. Só depois de dois meses, a calota craniana foi recolocada. “Diante da gravidade do caso, a recuperação de Fernanda foi maravilhosa”, diz o neurologista Marcelo Annes, do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
Em 2008, o AVC provocou 97 mil óbitos no Brasil. Ele mata mais que infarto, violência e acidentes
Fernanda faz parte de um grupo pouco conhecido de vítimas do AVC: o das mulheres jovens. Nos últimos cinco anos, 32 mil mulheres de 20 a 44 anos foram internadas nos hospitais do SUS por causa de AVC. Entre os homens da mesma faixa etária, houve 28 mil internações por AVC. A diferença é de 14%. Em todos os outros grupos etários (até os 19 e depois dos 50 anos), mais homens receberam tratamento. A partir dos 80 anos a situação voltou a se inverter. Como as mulheres são mais longevas, houve mais tratamento em pacientes do sexo feminino.
Na verdade, o total de jovens vitimadas pela doença pode ser ainda maior. Não se sabe quantas foram atendidas na rede privada e quantas simplesmente não receberam tratamento. Parte dos casos de AVC na juventude e na meia-idade é explicada pela exposição, cada vez mais precoce, a fatores de risco como hipertensão, colesterol alto, obesidade, diabetes. Isso ocorre em ambos os sexos. Mas existem situações capazes de aumentar o risco de AVC pelas quais só as mulheres passam. Eis as principais.
Uso de pílula anticoncepcional
Na maioria das mulheres, a pílula é segura. Se não fosse assim, todos nós conheceríamos alguma moça que teve um AVC depois de tomar anticoncepcional. Mas as que usam esse tipo de contracepção precisam saber que os hormônios aumentam a capacidade de coagulação do sangue. O mesmo pode ocorrer quando a mulher faz reposição hormonal na menopausa. Quem toma pílula ou faz reposição hormonal está mais sujeita a sofrer de trombose (formação de coágulos no interior de um vaso sanguíneo). E a trombose pode levar ao AVC. Algumas condições genéticas favorecem a ocorrência desse problema. Muitas vezes, porém, o AVC sofrido por uma mulher jovem é o primeiro da família. Foi o caso da engenheira Fernanda. “Em 99% dos casos, as moças não sabem que têm predisposição genética”, diz a neurologista Gisele Sampaio Silva, do Hospital Albert Einstein.




EM CIMA DO SALTO Fernanda (à esq.) na casa dos pais, em Itatiba, São Paulo. Ela quer voltar a sambar na quadra da Mangueira. Amanda (à dir.) numa casa noturna, em São Paulo. Ela celebra a vida dançando
Anticoncepcional e cigarro
A combinação de pílula e cigarro eleva em oito vezes o risco de AVC. O sangue dos fumantes torna-se mais propenso à formação de coágulos e a nicotina também enrijece as artérias que irrigam o cérebro. Logo, mulheres que fumam não devem tomar pílula. Quantas sabem disso? “Muitas fumam e não contam ao ginecologista”, diz a neurofisiologista Maristela Costa, do Hospital do Coração (Hcor), em São Paulo. O inverso também é verdadeiro. Muitos médicos receitam pílula e não perguntam se a mulher fuma.
A gerente de produto Amanda De Tommaso Oliveira, de 31 anos, fumava desde os 15. Aos 27 anos, consumia um maço por dia e não tomava pílula. Para tentar reduzir um cisto no ovário, o ginecologista receitou-lhe um anticoncepcional. Após dez dias de uso, Amanda teve um AVC. Estava em casa, assistindo à TV, quando o braço esquerdo começou a ficar pesado. O desespero aumentou quando Amanda tentou pedir ajuda à irmã Isabela. Os pensamentos fluíam, mas ela era incapaz de pronunciar qualquer palavra. Amanda sofreu um AVC pequeno na região frontal do cérebro, no lado direito. Passou três dias no hospital. Logo nas primeiras horas, a fala e os movimentos foram voltando. Desde o derrame, nunca mais colocou um cigarro na boca. Hoje leva vida absolutamente normal. Mas a experiência deixou marcas profundas. “O AVC não estava no meu script, mas me ensinou a valorizar cada instante”, diz Amanda. Em vez de pensar naquilo que quer ter, pensa no que já tem. “Tenho casa, família, amigos e pernas que me levam aonde eu quero. Já tenho tudo.”
Gordura abdominal
Novas evidências sugerem a existência de outro fator que torna as mulheres mais suscetíveis ao AVC: o acúmulo de gordura na região da cintura. Em fevereiro, um estudo apresentado na reunião anual da American Stroke Association chamou a atenção para esse fato. Na faixa etária dos 45 aos 54 anos, o AVC já é duas vezes mais comum em mulheres do que em homens nos Estados Unidos. A conclusão foi baseada nos dados de mais de 2 mil participantes da pesquisa nacional sobre saúde e nutrição realizada em 2005 e 2006. “Nossa hipótese é que a gordura abdominal (mais comum nas mulheres) esteja aumentando o risco de AVC entre elas”, disse a ÉPOCA a neurologista Amytis Towfighi, da University of Southern California, em Los Angeles. A barriga eleva o risco de diabetes, hipertensão e colesterol alto. Três fatores que contribuem para a ocorrência dos derrames. A pesquisa de Amytis revelou que 62% das mulheres nessa faixa etária tinham obesidade abdominal. Nos homens, o índice foi de 50%. A pesquisadora suspeita que a incidência de AVC tenha aumentado também nas mulheres com menos de 35 anos. “Pretendemos começar esse estudo em breve”, diz.

domingo, 18 de abril de 2010

O Patrocínio Esportivo

As empresas estão cada vez mais descobrindo que a estratégia de patrocínio esportivo é um ótimo negócio. Não é raro ao ligarmos a TV, ou num outdoor e até mesmo na vestimenta de muitas pessoas que circulam pelas ruas, absorvermos passivamente a marca de alguma empresa atrelada aos valores de alguma modalidade esportiva.
Através das ações de patrocínio, aumenta-se a exposição da marca, atingi-se melhor o seu target, incrementam-se as vendas, promove-se o “sampling”, aumenta-se a vantagem competitiva, fideliza-se os clientes já existentes, captam-se novos, aumenta do endomarketing, benefícios fiscais, etc, com investimentos muito menores que com publicidade tradicional.
As marcas que quiserem capturar e manter seus consumidores precisam se conectar com eles e demonstrar de que forma elas podem melhorar e facilitar suas vidas cada vez mais ocupadas.

De acordo com Afif (2000, apud Sousa, Mattos e Sousa, 2005) “atualmente profissionais de marketing precisam de muita criatividade para se sobressair à publicidade tradicional, inovando com algo que tenha o poder de influenciar as pessoas”, mas ainda reforça que “O Marketing Esportivo cai como uma luva, pois é o momento em que se pode atingir o expectador (consumidor) durante o seu lazer, é quando este está disposto a receber à mensagem da empresa e seus produtos”.
Apesar de muitas empresas praticarem o patrocínio esportivo, ainda há muitas áreas empresariais que pensam que essa modalidade do marketing não passa de “despesa” e que não traz benefícios para sua marca. Imagine quanto custa um anúncio comercial na TV em horário nobre, ou numa revista de renome, ou até mesmo no rádio? Através do patrocínio esportivo as ações ultrapassam o tempo dos tradicionais contratos de mídia, uma vez que o consumidor do esporte não desfaz de seus materiais fácilmente, exemplo, aquela pessoa que não deixa de usar a camisa do time do coração mesmo que essa tenha sido adquirida na década passada, ou aquele atleta amador que treina todos os dias sua corridinha matinal com aquela camisa da competição da qual ele participou. Essas são algumas das muitas vantagens que os grandes patrocinadores em potencial precisam perceber.
Segue abaixo um comparativo da grande evolução da modalidade:

Comparação da taxa anual de crescimento dos investimentos com patrocínio e publicidade(%).

Fonte: Sponsorium; IEG Report; Zenith Optimedia Report; Análises Golden Goal.



segunda-feira, 5 de abril de 2010

Como se portar em uma entrevista de Emprego!

Uma necessidade sempre presente na vida de qualquer profissional é a de enfrentar processos seletivos, nos quais uma entrevista é componente quase obrigatório. Seguem algumas dicas para comportamento nestas entrevistas, reunidas da experiência da Equipe do PORTAL, enriquecidas por informações retiradas e adaptadas do livro "Etiqueta Empresarial Ser Bem Educado é..." da Consultora Maria Aparecida Araújo.

1. De forma Geral:

1.1. Sendo chamado para a entrevista, você deve sempre primar pela ótima aparência. Nos casos de cargos em áreas como administração esportiva, consultorias em geral, marketing esportivo e afins, siga o padrão tradicional para qualquer outro cargo: para homens, o terno escuro - azul marinho ou cinza grafite - é considerado o preferido pelos entrevistadores (evite o marrom). Gravatas de bichinhos e sapatos gastos ou sujos estão fora de questão. Mulheres farão melhor figura de tailleur de cores neutras e saia de comprimento discreto. Meias finas sem fio puxado, pouca maquiagem e bijuterias mínimas. Bolsa discreta e bem arrumada. Sapatos de salto médio em bom estado. Melhor que estrear uma roupa nova que não dê liberdade é usar uma roupa que caia bem em você e dê segurança. Unhas e cabelos devem estar em perfeita ordem.

Normalmente na Educação Física, notadamente em cargos operacionais (professores, instrutores, técnicos, etc.) não há necessidade de roupas tão formais, mas não exagere. Calças compridas de lycra ou tactel (uma "leg" para as moças"), uma camiseta bonita e sóbria (como, por exemplo, as de gola pólo) e um tênis limpo e em boas condições serão suficientes. Evite shorts, bermudas, camisetas baby-look e roupas que, de forma geral exponham exageradamente o corpo. Também não carregue uma bolsa grande ou equipamentos como quem vai praticar alguma modalidade esportiva. Desmerece a entrevista como evento profissional. Mostre que você saiu de casa especialmente para a entrevista.

1.2. Seja sincero e autêntico. Isso não significa que você deva expor propositadamente seus defeitos e mazelas, mas que você deve ressaltar somente as qualidades e virtudes que realmente possua.

1.3. O entrevistador quer preencher a vaga com a melhor pessoa e você quer a vaga, portanto, há convergência de interesses. O entrevistador deve ser tratado como seu aliado, não como antagonista.

1.4. Trate o seu entrevistador por Sr. (ou Sra.) + [SOBRENOME]. Em escolas e Academias vale também o tratamento Professor (ou Profa.). Só use o primeiro nome ou você depois de devidamente autorizado.

2. Na hora H:

2.1. O ideal é chegar com 10 minutos de antecedência. Jamais vá de bicicleta (parece incrível, mas já houve casos). Pedalar pode passar uma imagem jovem e dinâmica, mas nenhum entrevistador gosta de conversar com alguém suado e descabelado. Se for possível, vá ao toalete, respire fundo e tente relaxar e descontrair a fisionomia.

2.2. Trate com simpatia os funcionários da linha de frente. Isso cativa e pode ser que venham a ser seus colegas. Antes de entrar na sala, enquanto espera, verifique se os cabelos estão penteados e as unhas limpas. Observe se há cabelos ou caspa na roupa, batom borrado. Desligue o celular.

2.3. Entre na sala com postura corporal correta e quando sentar faça-o com a coluna reta, ajustando-a ao encosto totalmente. Não coloque os cotovelos sobre a mesa, não masque chicletes e não fale cuspindo. Não fique passando a mão na cabeça, no cabelo ou coçando as orelhas.

2.4. A iniciativa do aperto de mão e o convite para sentar devem ser do entrevistador. Mesmo que você seja mulher, o entrevistador só se levantará se for cavalheiro.

2.5. Aperto de mão firme e braços soltos, nunca cruzados. Olhe sempre nos olhos do entrevistador. Se forem muitos, olhe para todos enquanto estiver falando. Não batuque na mesa, não bata o pé nervosamente, não contorça as pernas ou apalpe jóias ou bijuterias.

2.6. Fale apenas o suficiente. Falar pouco é sempre melhor do que falar demais. Se tiver que discordar de algo, seja sempre polido. Evite imposições, ortodoxias e expressões como: "Odeio isso!" ou "Detesto aquilo!".

2.7. Nunca fale mal da empresa onde trabalhou anteriormente ou de seus antigos chefes. Valorize chefes e colegas, mostrando que acredita no resultado dos times.

2.8. Sempre que possível, dê respostas que tenham a ver com o ramo, a natureza ou o tipo de atividade da empresa (academia, clube, empresa de consultoria, etc.).

2.9. Esqueceu de desligar o celular e ele tocou? Desligue-o rapidamente sem mesmo ver de quem era a ligação: não há nada mais importante naquele momento do que a entrevista.

2.10. Sendo convidado para um tour pela empresa, o que é um bom sinal, procure fazer perguntas interessantes e pertinentes sobre aulas, clientes, serviços oferecidos e instalações.

2.11. Se for servido café, aceite, mas não coma biscoitos, pois soltam farelos e atrapalham a conversação. Não fume sob hipótese alguma, mesmo que o entrevistador fume.

2.12. A deixa para o encerramento da entrevista é dada pelo entrevistador você deve se despedir agradecendo a oportunidade, sempre sorrindo. Poderá, nesse momento, perguntar sobre o próximo passo, se deverá aguardar ou fazer contato. Aperte a mão de todos, não fique parado na porta e não se esqueça de agradecer e se despedir da secretária e demais funcionários que encontrar.

3. Roteiro Básico:

Segundo o Consultor Max Gehringer, existem pelo menos seis perguntas básicas que compõem a grande maioria das entrevistas de emprego, não só no Brasil, mas em todo o mundo. Esteja, portanto, pronto para respondê-las da melhor forma possível:

3.1. Fale um pouco de você mesmo.
3.2. Porque você gostaria de trabalhar conosco?
3.3. Porque você saiu do seu último emprego?
3.4. Quais você considera que sejam seus pontos fortes?
3.5. Qual seu maior defeito?
3.6. Onde você se vê daqui a 5 anos?

4. Após a entrevista:

Não esqueça a gentileza de enviar, no dia seguinte, uma carta (só se não for possível, vale um e-mail) de agradecimento ao seu entrevistador, enquanto aguarda um novo contato. Nela faça três coisas: a) agradeça a oportunidade de se fazer conhecer melhor b) ressalte que a oportunidade lhe enriqueceu como profissional c) diga que está ainda mais motivado para trabalhar lá. Esse procedimento já garantiu algumas contratações, pois quase ninguém o adota e ele distinguirá você positivamente dos demais entrevistados.

fonte: http://www.educacaofisica.com.br/empregos/dicas_noticias_mostrar.asp?id=29